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Banco estatal fecha 2023 como o número um na Bolívia

Banco estatal fecha 2023 como o número um na Bolívia

La Paz, 24 dez (Prensa Latina) O ministro de Economia e Finanças da Bolívia, Marcelo Montenegro, assegurou que o estatal Banco Unión é hoje o número um do país em termos de ativos, número de depósitos e integração financeira.

Isso foi confirmado pela saída do sistema financeiro boliviano do Banco Fassil, que sofreu intervenção em 26 de abril deste ano pela Autoridade Supervisora do Sistema Financeiro devido à “gestão irregular e às más práticas” de seus executivos e diretores.

Em busca de uma solução, seus clientes foram autorizados a migrar para nove instituições financeiras que receberam a carteira e a poupança: Banco Unión, Bisa, de Crédito, Económico, Fie, Ganadero, Mercantil Santa Cruz, Nacional de Bolivia, Unión e Solidario (BancoSol).

Montenegro lembrou que essa liquidação permitiu que o Banco Unión ganhasse um espaço maior no sistema financeiro ao assumir essa parte.

O ministro acrescentou que esse salto “obriga a regulamentação do índice de adequação de capital e do capital de giro, a fim de conceder mais crédito e mais financiamento para as atividades produtivas comerciais, a exigir uma contribuição de capital “porque a cada ano o Banco Unión está sendo capitalizado”.

Com base nisso, ele defendeu a ideia de um aporte de capital de até 275 milhões de bolivianos (quase 40 milhões de dólares), conforme estabelecido no artigo nove do projeto de Lei Geral de Orçamento do Estado para 2024, pendente de aprovação na Assembleia Legislativa Plurinacional (ALP).

Ele descreveu que 98,54% das ações do Banco Unión estão nas mãos do Estado; uma pessoa física de Santa Cruz possui 1,26 pontos percentuais, o Banco Nacional da Bolívia tem 0,1 unidades de 100, e Seguros y Reaseguros de Vida 0,03%, entre outros.

Ao ter controle quase total da instituição financeira, explicou, o Estado determinou nos últimos anos que os lucros obtidos serão reinvestidos para canalizar mais empréstimos, razão pela qual os acionistas minoritários não recebem “um único peso”.

Ele ressaltou que nos últimos anos houve lucros no Banco Unión, e a decisão do acionista majoritário, que é o Estado, através do Tesouro, tem sido reinvestir esses recursos, de modo que esses acionistas minoritários nunca se beneficiaram dos dividendos, disse ele.

Entrevistado pela Prensa Latina, o gerente geral do Banco Unión, Marcelo Jiménez, disse que os desafios da instituição em 2023 estão alinhados com o programa de industrialização por substituição de importações do governo do presidente Luis Arce.

Esses desafios “baseiam-se no alto crescimento da carteira que projetamos, que se destina ao setor produtivo, ao setor industrial e àqueles que trabalham arduamente na substituição de importações, tudo em um contexto de transparência”, concluiu Jiménez.

mem/jpm/mb

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