A decolagem da nova marcha ocorre poucas horas depois do anúncio oficial de que outra reunião de alto nível está sendo preparada para quarta-feira, 27, liderada pelos secretários de Relações Exteriores, Alicia Barcenas, e pelo secretário de Estado, Antony Blinken, para discutir o tema.
A ideia surgiu na conversa telefônica mantida na semana passada pelos presidentes Andrés Manuel López Obrador e Joe Biden precisamente devido ao agravamento da chegada de migrantes à fronteira comum.
Com uma bandeira mexicana na frente e uma manta com o slogan “êxodo da pobreza”, os estrangeiros partiram no dia 24 do Parque Bicentenário de Tapachula, na fronteira com a Guatemala, em direção à rodovia costeira de Chiapas para caminhar para o norte.
Porta-vozes dos estrangeiros de vários países que compõem a coluna admitiram que entre os objetivos da marcha está pressionar para que o encontro não seja formal como até agora e para que os Estados Unidos dêem uma resposta credível para resolver a crise.
Os manifestantes denunciam que Biden se deixa pressionar por aqueles que discordam das suas medidas anteriores e exigem que ele endureça a sua posição em relação aos migrantes e ao México, em troca de apoiar no Congresso os seus pedidos de aumento da ajuda militar e financeira à Ucrânia.
Os estrangeiros concentrados em Tapachula afirmaram que decidiram realizar a viagem como um ato de desespero porque esperavam há meses uma resposta aos seus procedimentos de regularização perante o Instituto Nacional de Migrações e a Comissão Mexicana de Ajuda aos Refugiados.
Fontes da Proteção Civil reportaram até 10 mil pessoas no contingente, embora o Centro de Dignificação Humana AC, que acompanha o movimento, tenha estimado mais de sete mil.
No contingente estão migrantes da Guatemala, Honduras, El Salvador, Nicarágua, Brasil, Colômbia, Peru, Venezuela, Equador, Cuba, Haiti, República Dominicana, Paquistão, Bangladesh, China, Índia, entre outros, informou a mídia de Chiapas.
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