Ao final da ditadura militar, em 1990, o Chile crescia duas vezes mais que o resto do mundo, mas nos últimos tempos essa tendência se inverteu, disse José Manuel Mena, presidente da entidade.
O dirigente da Abif lembrou que no recente Relatório de Política Monetária o Banco Central estimou que no final de 2023 o Produto Interno Bruto será zero e a projeção para o próximo ano é de 1,25 a 2,25 pontos, entre os máximos abaixo da área.
Apesar de tudo, Mena destacou que o país não tem problemas de liquidez, as poupanças dos investidores estão no Chile, mas a pobreza e a insegurança aumentaram.
Referiu-se também às dificuldades da gestão política em alcançar acordos e soluções no curto prazo.
É preciso investir, gerar empregos e garantir segurança para aspirar a ser novamente um país com grandes possibilidades, afirmou.
Relativamente à situação na esfera bancária, explicou que existe um ciclo de crédito negativo, mas a poupança é relativamente estável, particularmente a poupança de longo prazo.
Os empréstimos hipotecários já não podem durar 30 anos como eram até recentemente, observou, entre outras razões porque as taxas de juro são as mesmas desde 2000, mas as casas hoje custam três vezes mais em termos relativos para um salário médio.
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