«O que o mundo mais precisa é de unidade e o que deve ser evitado é a divisão. Quer se trate de uma guerra comercial ou tecnológica, ou de dissociação e gestão de riscos, em essência, os problemas económicos e comerciais são politizados, transformados em ferramentas e militarizados”, disse o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros, Wang Wenbin.
O porta-voz respondeu desta forma a um relatório recente do Fundo Monetário Internacional que prevê uma economia mundial dividida em linhas geopolíticas com países inclinados para diferentes grupos liderados pelos Estados Unidos e pela China.
Wang disse que o mundo não pode regredir a um estado de isolamento mútuo e não deve ser “dividido artificialmente”.
“Qualquer prática que leve ao confronto, qualquer abordagem de confronto em bloco e qualquer atitude arrogante de auto exaltação não levará a bons resultados”, enfatizou.
Segundo o porta-voz, o objetivo de politizar as questões económicas e criar divisões é impedir o desenvolvimento e o progresso dos vastos mercados emergentes.
“Isto não é ético nem sustentável e, no final, afetará os interesses gerais da comunidade internacional e nenhum país ficará isento”, acrescentou.
Wang reiterou a vontade da China de trabalhar com todas as partes para promover a globalização económica inclusiva e equitativa e opor-se resolutamente à antiglobalização e à excessiva titularização.
Ele também enfatizou a oposição de Beijing a todas as formas de unilateralismo e protecionismo, bem como a sua defesa de direitos, oportunidades e regras iguais para todas as nações.
No âmbito da sua política externa, o gigante asiático insistiu em diversas ocasiões na necessidade de coexistência pacífica, respeito, não interferência nos assuntos internos e cooperação mutuamente benéfica para criar uma comunidade com um futuro partilhado.
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