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Pedem no Capitólio que Biden retire Cuba da lista de terroristas

Pedem no Capitólio que Biden retire Cuba da lista de terroristas

Washington, 3 jan (Prensa Latina) Congressistas democratas de Massachusetts pediram ao presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, que retire Cuba da lista de patrocinadores do terrorismo, designação emitida no final do governo de Donald Trump, destacou hoje o jornal The Hill.

Membros do Congresso criticaram a inclusão de Cuba por Trump naquela lista arbitrária e unilateral de Estados Patrocinadores do Terrorismo (SSOT, por sua sigla em inglês) e exortaram a Biden a revogá-la, num artigo publicado nesta terça-feira no jornal especializado em questões políticas e econômicas.

“Esta foi uma ação vingativa tomada pela administração Trump em janeiro de 2021, quando deixou o cargo, e a política já deveria ter mudado”, escreveram os deputados democratas Jim McGovern e Ayanna Pressley numa carta de dezembro que não foi tornada pública até agora, segundo o jornal.

“De fato, Cuba e os Estados Unidos têm em funcionamento um acordo de cooperação bilateral em matéria de contraterrorismo”, sublinharam ambos os congressistas na carta, também assinada pelos senadores Elizabeth Warren e Ed Markey, e pelos deputados Seth Moulton, Lori Trahan e Stephen Lynch.

Os democratas também insistiram nas promessas de campanha não cumpridas de Biden relativamente à revisão de algumas das medidas coercivas adotadas por Trump (2017-2021) contra Cuba.

“Como candidato presidencial, você prometeu abordar um novo compromisso com Cuba e retornar à política iniciada durante a administração Obama-Biden, e nós o apoiamos neste compromisso”, lembraram ao atual ocupante do Salão Oval.

Trump incluiu o país caribenho nessa lista durante a sua última semana no cargo e isso impôs severas restrições ao acesso da ilha aos mercados financeiros internacionais, o que limita a sua capacidade de fazer negócios com outros países e entidades, que são forçados a escolher entre negociar com os Estados Unidos ou com Cuba, acrescentava o artigo.

“Embora existam múltiplas razões para a crise econômica em Cuba, sem dúvida um fator importante que contribui são as restrições e sanções enfrentadas pelas instituições financeiras internacionais e outras entidades porque Cuba está na lista SSOT”, alertaram os legisladores na sua carta.

Obama (2009-2017) retirou Cuba da lista em 2015 depois de admitir que a nação caribenha não é patrocinadora de atos terroristas.

“Reconhecemos que muita coisa mudou em Cuba e nos Estados Unidos desde 2018, mas dois anos e meio após a sua presidência, o número esmagador de sanções impostas pelo seu antecessor, incluindo a colocação de Cuba de volta na lista SSOT, permanece em vigor”, apontaram.

Os congressistas classificaram de “razão enganosa” da Administração Trump para incluir novamente Cuba nesta classificação.

Recordaram que durante a sua visita aos Estados Unidos, o presidente colombiano Gustavo Petro apelou pessoalmente para que Cuba fosse retirada da lista e destacou o papel da nação caribenha na facilitação das negociações de paz no seu país.

Os democratas também mencionaram na sua carta que o presidente mexicano, Andrés Manuel López Obrador, pediu aos Estados Unidos que retirassem Cuba da referida lista nas recentes conversações bilaterais sobre migração com o secretário de Estado Antony Blinken.

“As constantes dificuldades enfrentadas por todos os setores da sociedade cubana são a força motriz para que dezenas de milhares de pessoas deixem suas casas e migrem para os Estados Unidos”, enfatizaram.

Portanto, concluíram, é contra os interesses diretos dos Estados Unidos continuar com as restrições econômicas coletivas que resultam da permanência de Cuba na lista SSOT.

rgh/dfm/cm

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