Durante um evento realizado na comuna capital de San Joaquín, vários oradores condenaram o cerco econômico, comercial e financeiro imposto por Washington contra a nação caribenha há mais de seis décadas.
“Ano após ano, o bloqueio é condenado por quase todos os países do mundo, com a única exceção dos Estados Unidos e de Israel, aos quais se soma agora a abstenção do governo ucraniano”, lembrou Oscar Vargas, da Esquerda Movimento Revolucionário.
Ao ler uma saudação de solidariedade, Vargas recordou o apoio do governo e do povo cubano à Unidade Popular e ao presidente Salvador Allende; bem como durante os 17 anos de ditadura de Augusto Pinochet, quando acolheu muitos compatriotas e educou chilenos e seus filhos.
Entretanto, José Valdivia, da Frente Patriótica Manuel Rodríguez, lembrou que apesar do bloqueio, Cuba é um dos países mais solidários do mundo, respeitador da vida humana e do ecossistema.
Em 1960, quando a Revolução tinha apenas um ano, enviou um contingente de médicos ao Chile para tratar as vítimas do terremoto de Valdivia, o maior que ocorreu aqui, lembrou o doutor Arturo Pérez, formado pela Escola Latino-Americana de Medicina. (ELAM).
Afirmou que hoje existem mais de 600 médicos formados em Cuba, chilenos que, segundo ele, partiram com sonhos e desejos e agora desenvolvem a sua profissão em diferentes latitudes deste território.
Enquanto o imperialismo enviava bombas e soldados para outros países, Fidel Castro enviava brigadas e treinava médicos para o mundo, declarou o médico, que disse sentir orgulho de fazer parte daquele exército de jalecos brancos.
Acrescentou que hoje, quando Cuba passa por dificuldades, devemos devolver a mão e estar presentes.
Rosario Rodríguez, primeira secretária da embaixada de Cuba no Chile, denunciou que a maior potência do mundo não desiste dos seus esforços para destruir a Revolução através de diversos meios, desde meios econômicos, invasões armadas ou ataques biológicos, só para citar alguns.
Expressou que o pilar fundamental que o sustenta nestes 65 anos é a unidade do povo em torno dos seus principais líderes históricos, mas também daqueles que continuam o seu trabalho; a unidade das mulheres, dos jovens, das classes trabalhadoras e camponesas.
No evento realizado na sede da Confederação Nacional de Sindicatos e Federação dos Trabalhadores Eletrometalúrgicos, Mineiros e Automotivos, os presentes prestaram homenagem ao recentemente falecido líder do Comando Amplo de Solidariedade com Cuba e da União Bicentenária do Povo, Juan Cuevas. A atividade político-cultural foi animada pelo artista Vicente Almendariz.
jha/car/ls
