É o que considera o coordenador de Estratégias Focadas de Prevenção ao Crime do Ministério do Interior, Sergio Sanjurjo, que anunciou a realização de uma consultoria sobre a reforma penitenciária, cujos resultados deverão ficar prontos em julho.
A proposta surge após a morte de quatro reclusos devido a um incêndio provocado numa cela da prisão de Santiago Vázquez, nesta capital.
Sete em cada dez pessoas que passam pelas prisões serão presas novamente por terem cometido um novo crime nos próximos cinco anos, disse Sanjurjo ao La Diaria.
“Isso significa que o nosso sistema penitenciário apenas ressocializa três em cada 10 condenados e que a maior parte dos crimes atuais são cometidos por pessoas que já passaram pelo sistema penitenciário”, afirmou.
Segundo o responsável, o sistema prisional “não só não é solução, como também causa criminalidade”.
Por sua vez, a oposição Frente Ampla pediu ao ministro do Interior, Nicolás Martinelli, um orçamento maior para a ampliação de vagas e a criação de vagas que melhorem a qualidade de vida das pessoas privadas de liberdade.
Com cerca de 15 mil pessoas atrás das grades, o Uruguai tem uma das taxas de população carcerária mais altas do continente.
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