A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Mao Ning, expressou preocupação com o que chamou de conteúdo impróprio sobre a China, numa declaração conjunta dessas nações, sob o pretexto de cooperação trilateral.
“A demonstração de força e a provocação por parte de certos países não-regionais no Mar do Sul não conduzem à paz e à estabilidade na região”, enfatizou.
Relativamente às últimas tensões naquelas águas, Mao classificou a situação como estável, ao mesmo tempo que reafirmou a decisão da China de defender a soberania territorial e os seus direitos marítimos.
Da mesma forma, reiterou o compromisso de resolver as diferenças de forma adequada através do diálogo e da negociação com as partes envolvidas.
Por outro lado, sublinhou que a questão de Taiwan faz parte dos assuntos internos do gigante asiático e “não admite qualquer interferência de forças externas”.
Mao acrescentou que a chave para manter a paz e a estabilidade no Estreito reside no reconhecimento do princípio de Uma Só China. O porta-voz sublinhou que a região Ásia-Pacífico não é um tabuleiro para o jogo das grandes potências.
“Pedimos às partes relevantes que respeitem efetivamente os esforços dos países regionais para manter a paz e a estabilidade, abandonem o pensamento da Guerra Fria, parem a criação de confrontos em bloco e agravem as tensões na região”, comentou.
Mao respondeu assim a uma declaração do Departamento de Estado dos Estados Unidos, juntamente com o Japão e a Coreia do Sul, que abordou a situação no Mar do Sul e a questão da segurança através do Estreito de Taiwan.
Isto ocorre a menos de uma semana das eleições para a liderança naquela ilha, nas quais o candidato do Partido Democrático Progressista no poder e atual vice-presidente, Lai Ching-te, aparece como um dos favoritos.
Ele é um defensor separatista da “independência de Taiwan” que chegou a interromper e manter atividades políticas em Washington no ano passado, o que gerou altas tensões entre as principais potências mundiais.
jf/idm/ls