A redução de até 145 milímetros de chuva a menos que a média anual, o que equivale a 7,6 por cento, prejudicou, além da agricultura e dos grãos básicos, setores como a pecuária onde o aumento do preço dos insumos e o fenômeno El Niño levou o sindicato a classificar 2023 como um ano difícil para a pecuária nacional.
O ministro do MARN, Fernando López, ao avaliar a situação hídrica, disse que em 2023 houve 1.753 milímetros de chuva acumulada, um recorde abaixo da média de 1.898 milímetros (de chuva acumulada), que é a média anual.
Desde o início de 2023, o Ministério do Meio Ambiente alertou sobre a transição de La Niña para El Niño e com ela a diminuição das chuvas no território nacional.
O Relatório Climatológico nº 7 por influência do Fenômeno El Niño, elaborado pelo MARN, mostrou que durante os primeiros cinco meses do ano o acúmulo de águas registra 197,1 milímetros de chuva, quando sua média nesse período gira em torno de 309,5 milímetros.
O documento refere que no final de novembro, quando as chuvas diminuíram, havia 1.749,5 milímetros de chuva acumulada, o que seria 139,8 milímetros menos que a média anual.
Podemos dizer que a partir de janeiro já temos um fenômeno El Niño estabelecido e estaríamos esperando no final do ano aproximadamente a mesma quantidade que no ano passado, ainda reportaremos isso, garantiu López.
No que diz respeito à pecuária, os produtores enfrentaram aumentos no custo dos insumos para alimentar o gado de até 60 por cento ao longo de 2023, especialmente devido à seca que afetou as pastagens e as fontes de água.
A Associação de Pecuaristas de El Salvador (AGES) indicou que o alto custo de produção e a situação climática provocaram um aumento no preço da produção e levaram os pecuaristas a aumentar entre 10 e 12 centavos por garrafa de leite.
O que poderá acontecer em 2024 com o fenómeno “Super Niño” preocupa o setor pecuário do país, sobretudo porque se prevê que os períodos de seca serão mais intensos do que os reportados em 2023, apontou o sindicato pecuário.
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