O chefe da ONU chegará esta terça-feira ao evento econômico mundial sediado na Suíça, com um apelo para abordar o que considera duas ameaças existenciais ao planeta.
Na quarta-feira, o alto representante fará o seu discurso especial sobre a situação do mundo, centrando-se também na fragmentação política e no seu impacto na polarização.
Guterres apelará aos líderes para que evitem mais danos, impulsionando a reforma das instituições e reconstruindo a confiança para colocar o planeta novamente no caminho da segurança, da prosperidade e da paz.
Sua agenda no evento, considerado um dos encontros privados mais influentes nas finanças internacionais, inclui também conversas bilaterais com vários líderes globais e do setor privado.
Na quinta-feira irá para Thun, também na Suíça, onde participará no retiro anual de todos os seus representantes especiais, chefes de missões de paz e missões políticas.
O Fórum de Davos, criado pelo economista e empresário alemão Klaus Schwab, é considerado o mais importante no domínio econômico.
O evento, marcado para 15 a 19 de janeiro, reúne os principais líderes empresariais, políticos, acadêmicos e estudiosos sociais para analisar os problemas mais prementes da humanidade.
Mais de 60 chefes de estado e de governo participam do evento, incluindo o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden; o da China, Xi Jinping; da França, Emmanuel Macron; e o Chanceler da Alemanha, Olaf Scholz.
Também participam líderes empresariais, como o fundador da Microsoft, Bill Gates; CEO da Tesla, Elon Musk; e a diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional, Kristalina Georgieva.
Ao mesmo tempo, intervêm celebridades como Al Gore, Bill Clinton, Bono, Paulo Coelho e Tony Blair (membro do Conselho da Fundação Fórum Econômico Mundial).
Os seus debates num mundo bastante turbulento como o financeiro deixam de fora alguns dos problemas reais dos países pobres, a maioria deles a nível global, segundo os especialistas.
Nesta edição, o encontro tem como tema Reconstruir a confiança, com o objetivo de recuperar a cooperação e a solidariedade globais face aos desafios da pandemia da Covid-19, das alterações climáticas, da desigualdade e da transformação digital.
lam/ebr/ls