Nomeado à frente do Palácio Matignon na semana passada, o dirigente de 34 anos pretende fazer no dia 30 de janeiro na Assembleia o seu discurso de política geral, no qual descartou submeter-se ao voto de confiança dos deputados.
Segundo as declarações de Faure ao Public Sénat, toda a esquerda (socialistas, comunistas, ambientalistas e rebeldes) aderirá à moção de censura, sem que se saiba neste momento qual a posição do Agrupación Nacional (extrema direita) e Los Republicanos (conservadores), cujo voto em bloco é essencial para o sucesso da iniciativa.
Embora o pedido de voto de confiança da Assembleia Nacional não seja obrigatório, tornou-se uma prática com a Quinta República (começou em 1958), mas a antecessora de Attal em Matignon, Élisabeth Borne, também não o assumiu.
A razão é simples, o partido no poder perdeu a maioria absoluta no Palácio Bourbon em 2022 e não quer correr riscos, ainda mais depois dos comentários e anúncios feitos ontem à noite pelo Presidente Emmanuel Macron em conferência de imprensa, rechaçados ou questionados por toda a oposição.
Faure insistiu que, para além das diferenças que existem com La Francia Insumisa e o seu líder Jean-Luc Mélenchon, a moção de censura será da esquerda unida.
“Quando digo que não concordo com tudo o que Mélenchon diz ou com tudo o que os rebeldes podem fazer, não significa que não tenhamos convergências; a esquerda continua a ser a esquerda, há divergências, mas felizmente também há acordos”, enfatizou o líder socialista.
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