O Clube dos Prisioneiros Palestinianos e a Comissão para Prisioneiros e Ex-Prisioneiros indicaram numa declaração conjunta que o número inclui centenas de menores e 200 mulheres.
Na semana passada, a primeira destas organizações afirmou que há 100 dias que o nível de crimes cometidos pelas forças de segurança contra os detidos tem aumentado.
“Entre os crimes de maior destaque estão a tortura, os maus-tratos, os espancamentos severos, as ameaças de tiro direto, os interrogatórios no local, as ameaças de violação, bem como a utilização de cães policiais e de cidadãos como escudos humanos”, alertou.
O Clube destacou que nesse período os militares emitiram 2.856 ordens de detenção administrativa, procedimento utilizado para prender palestinos por intervalos renováveis que costumam variar de três a seis meses com base em provas não reveladas, que até o advogado do acusado é proibido de ver.
Os palestinos e os grupos de direitos humanos afirmam que a detenção administrativa viola o devido processo judicial porque permite que não sejam apresentadas provas contra prisioneiros enquanto estes estão detidos por longos períodos sem serem acusados, julgados ou condenados.
Segundo dados oficiais, no final de 2023 cerca de 8.800 palestinos estavam detidos em prisões israelenses, incluindo 80 mulheres.
rgh/rob/hb