Reunião ministerial reúne chanceleres e representantes mundiais no meio do agravamento da situação dos civis em Gaza, das hostilidades no Mar Vermelho ou na Cisjordânia e do aumento das tensões entre o Iraque e o Irã.
Entre os oradores estará o chefe da ONU, António Guterres, na sequência dos seus recentes apelos nas cimeiras do Movimento dos Não-Alinhados e do G77 e da China para redobrar esforços para evitar que o conflito se alastre ainda mais.
O chefe da organização garantiu que não cederá no seu apelo a um cessar-fogo humanitário imediato e à libertação incondicional de todos os reféns na Faixa.
Ao mesmo tempo, descreveu como inaceitável a recusa em aceitar a solução de dois Estados entre Israel e a Palestina e a falta de direito a um Estado para o povo dos territórios ilegalmente ocupados.
“As operações militares de Israel espalharam destruição maciça e mataram civis numa escala sem precedentes durante o meu mandato como Secretário-Geral”, observou ele.
Negar o direito à condição de Estado ao povo palestino prolongaria indefinidamente um conflito que se tornou uma grande ameaça à paz e à segurança global; exacerbaria a polarização; e encorajaria os extremistas em todos os lugares, disse ele ainda.
Outros oradores serão os ministros das Relações Exteriores Russos, Sergei Lavrov; da Turquia, Hakan Fidan; e da França, Stéphane Séjourné, este último representando o país que preside o Conselho de segurança durante o mês de janeiro.
Os números das Nações Unidas estimam que pelo menos 1,7 milhões de pessoas estão deslocadas em Gaza, enquanto 335 morreram e 1.161 ficaram feridas nas instalações da Agência da ONU para Refugiados Palestinos.
Por sua vez, as autoridades sanitárias da Faixa estimam em mais de 25 mil o número total de mortes devido aos intensos ataques, enquanto quase 63 mil ficaram feridos.
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