Na sua conta X, antigo Twitter, o alto comando militar observou que cometeram atos que vão “contra os princípios republicanos e democráticos”.
O também vice-presidente sectorial de Soberania, Segurança e Paz confirmou que ‘seremos contundentes e não hesitaremos em aplicar a lei aos traidores’, porque o engano e a deslealdade implicam a violação das leis da honra militar, e jurou ‘lealdade absoluta !’
Num vídeo que acompanha a mensagem, Padrino expressou que ‘o covarde a quem falta dignidade e honra’ não pode ser soldado, pois quem tem medo do sacrifício e da indignação não pode ser guardião da liberdade, da honra e da independência do seu país as armas que o povo lhes deu.
O povo escrutina-nos todos os dias para ver o que fazemos com essas armas, e monitoriza e observa a qualidade e a honra militar, a qualidade do ser humano que compõe a FNB, a sua moralidade e rectidão, sublinhou.
Numa mensagem ontem do Ministério da Defesa da Venezuela, Padrino ratificou a sua ‘lealdade absoluta e apoio incondicional’ ao presidente Nicolás Maduro face às tentativas de assassinato e ações terroristas para desestabilizar o país e que foram denunciadas publicamente.
Num comunicado lido na rede nacional de rádio e televisão, Padrino garantiu que face a qualquer tentativa desestabilizadora “responderemos com força” numa perfeita fusão cívico-militar, respeitando rigorosamente a Constituição e as leis da República.
Certificou que com disciplina e profissionalismo cumprirão as importantes missões ordenadas pelo comandante-chefe da FANB, que inclui, entre outras, o combate a qualquer tipo de organização criminosa que afecte a segurança dos cidadãos.
A nota expressava a sua indignação face aos actos conspiratórios planeados pela extrema-direita venezuelana contra a Revolução no ano passado e no início de 2024, com o “apoio flagrante”, dizia, da Agência Central de Inteligência (CIA) e da Administração de Controlo. Drug Enforcement Administration (DEA), ambas americanas.
O texto lamentava o recrutamento para essas ações de profissionais da FANB, alguns da ativa e outros da reserva ativa, que de forma abertamente mercenária se prestavam à vileza e à traição.
Na véspera, o Ministério Público detalhou as cinco conspirações planeadas pela extrema direita nacional, em cumplicidade com a CIA e a DEA, com sede na Colômbia, e nas quais 32 pessoas, entre civis e soldados, foram presas e processadas pela justiça.
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