Rus nasceu na Polônia em 1927 em uma família judia e sofreu os horrores do campo de concentração de Auschwitz, onde esteve com a mãe quando adolescente.
Em 1948 viajou para a Argentina onde se estabeleceu e teve seu filho Daniel, que foi detido-desaparecido durante a última ditadura civil-militar neste país sul-americano (1976-1983).
Desde 1978, a Rus participou das marchas que acontecem todas as quintas-feiras na Marcha das Mães para exigir justiça para as vítimas do terrorismo de Estado.
Ela morreu um dia antes de seu 97º aniversário.
“Despedimo-nos com tristeza de Sara, Mãe e sobrevivente de Auschwitz. Chegou à Argentina em 1948 e em 1977 a ditadura fez desaparecer seu filho. Até sempre, companheira! Continuaremos recordando para que os crimes contra a humanidade parem”, afirmou a associação Avós da Praça de Maio em mensagem em suas redes sociais.
Por sua vez, o ex-secretário de Direitos Humanos, Horacio Pietragalla, expressou sua tristeza pela morte da combatente.
“A sua vida demonstra a importância de continuar a construir a memória, a verdade e a justiça. Abraçamos seus entes queridos”, disse ele.
A organização Hijos Capital também manifestou o seu pesar.
mem/gas/cm