A ação judicial, da qual o Poder Executivo já foi notificado, quantifica os danos pela extensão da concessão de 80 anos ao consórcio belga Katoen Natie no Terminal de Contêineres de Cuenca del Plata (TCP), que será inaugurado em 2021.
A Montecom é de propriedade da Neltume Ports, cujos acionistas são a empresa chilena Ultramar e a empresa canadense Atco, e argumenta que a preferência pela Katoen Natie afeta a livre concorrência entre as operadoras.
A empresa chilena está invocando o tratado de proteção de investimentos entre os dois países para iniciar a arbitragem, alegando que o Uruguai violou o tratado.
O valor de 600 milhões é a estimativa de perdas e danos devido a mudanças nas operações do porto de Montevidéu desde que a concessão de 80 anos foi estendida à TCP.
De acordo com a publicação digital Subrayado, o processo de arbitragem poderá começar em três meses se não houver negociações de acordo entre as partes.
A fonte informou que a reclamação foi apresentada em 18 de janeiro ao presidente Luis Lacalle Pou e aos ministros da economia, transporte e relações exteriores.
Ao mesmo tempo, o Tribunal Administrativo está processando recursos contra o decreto que estende a concessão do porto, apresentados pela Montecon e, separadamente, por senadores da Frente Ampla, de oposição.
Não está descartada a possibilidade de os acionistas canadenses acrescentarem outra arbitragem, para a qual eles têm até abril próximo.
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