Os professores sairão às ruas novamente depois de um protesto em 2023 para exigir o reajuste salarial e depois de uma reunião na quarta-feira com o Ministério da Educação por várias horas, na qual não houve progresso na revisão salarial que eles vêm exigindo desde 2022.
O Ministério da Educação se reuniu com os sindicatos de professores da Unidad Magisterial e, durante três horas, não houve acordo além de uma nova reunião em 2 de fevereiro, disse Jorge Villegas, secretário geral da Bases Magisteriales, um dos 10 sindicatos que fazem parte desse grupo.
Durante a reunião com o ministro da Educação, José Mauricio Pineda, e com a presença de Carolina Recinos, delegada do presidente Nayib Bukele, nenhuma proposta concreta de aumento ou revisão salarial foi apresentada pelo governo, escreveu Villegas em sua conta na rede social X.
Não houve nenhum acordo, exceto o seguinte: que nos reuniremos novamente em 2 de fevereiro e que seremos convocados para nos informar a hora, acrescentou.
O sindicato dos professores estava disposto a suspender o protesto, mas não conseguiu chegar a um acordo com o governo.
Israel Montano, secretário-geral da Associação Nacional de Educadores Salvadorenhos (ANDES 21 de Junio), disse que, em vista dessa situação, haverá uma marcha hoje, e não podemos desmantelá-la porque eles não nos ofereceram nada.
A marcha dos professores começará nesta sexta-feira na Catedral Metropolitana de San Salvador, às 8h, e irá até o Ministério da Educação.
A revisão salarial exigida pelos professores está prevista no Artigo 33 da lei e deve ser realizada no máximo a cada três anos. A última foi em 2019, portanto a próxima deve entrar em vigor em 2023, que é o foco do protesto.
Desde 2022, os sindicalistas solicitaram a revisão ao Ministério da Educação e, em outubro daquele ano, conseguiram apresentar uma proposta ao Ministério da Educação para implementá-la, avaliada em US$ 413 milhões, mas em fevereiro de 2023 o Ministério os informou que não havia fundos para financiá-la.
jha/lb/bm