Um comunicado divulgado pelo seu porta-voz, Stéphane Dujarric, reconheceu a preocupação do Alto Representante com os ataques à Força de Segurança Interina da ONU para o território disputado entre o Sudão e o Sudão do Sul.
O texto rejeita a violência e insta os governos das duas nações africanas a investigar os ataques, com a ajuda da missão de manutenção da paz – conhecida como Unisfa – para levar os autores à justiça.
Os ataques contra as forças de manutenção da paz da ONU podem constituir crimes de guerra, refere ainda a nota.
Segundo a imprensa, no fim de semana, a região foi palco de outro incidente armado que causou a morte de mais de 50 pessoas.
O Ministro da Informação Bulis Koch disse à imprensa que os confrontos são o resultado de conflitos étnicos numa área disputada, rica em petróleo.
É a segunda vez este mês que a ONU alerta para o aumento da violência em Abyei, cuja situação se deve à falta de acordo sobre a delimitação exacta da fronteira desde que o Sudão do Sul se separou do Sudão.
Por conseguinte, a região é governada por uma administração composta por funcionários nomeados pelas duas nações.
No final de 2023, a região foi palco de combates que causaram dezenas de mortos.
Em 2011, a ONU aprovou a Força de Segurança Provisória, destacada em junho desse ano para proteger os civis sob ameaça iminente de violência física.
Ao mesmo tempo, a missão tem por objetivo desmilitarizar e restabelecer a paz na zona, em conformidade com o mandato do Conselho de Segurança.
As suas operações incluem o controlo da fronteira, que é um foco de violência entre o Norte e o Sul, e a facilitação da entrega de ajuda humanitária.
A criação da Unisfa ocorreu depois de o Governo do Sudão e o Movimento Popular de Libertação do Sudão terem chegado a um acordo em Adis Abeba, na Etiópia, para desmilitarizar Abyei e permitir que as tropas etíopes controlem a zona.
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