A atividade econômica é possível, vemos uma situação muito complicada na ilha, mas as empresas francesas continuam presentes, desde as pequenas até as médias e grandes, de forma importante e em vários setores, algumas delas com cooperação de longa data, disse à Prensa Latina. Segundo o secretário de Estado de Promoção do Comércio Exterior e Turismo entre 2014 e 2017, as leis estadunidenses como a Helms-Burton (1996) impõem condições muito particulares nas relações com Cuba devido a seu alcance extraterritorial.
Nesse sentido, ele insistiu que elas não impedem a atividade econômica, embora sugiram análises jurídicas rigorosas, além do respeito dos empresários e investidores às normas locais e internacionais, como em qualquer outro caso.
Diante desse problema da extraterritorialidade da lei, é importante e necessário que a UE aplique mecanismos para acompanhar suas empresas na nação antilhana e no mundo em geral, proporcionando-lhes um quadro jurídico protetor, disse o também Ministro do Interior durante a administração do Presidente François Hollande (2012-2017).
Fekl foi um dos atores da aproximação da França com Cuba desde a visita de Hollande a Havana em 2015, seguida da visita do líder Raúl Castro a solo francês em 2016, quando foram assinados acordos e mecanismos de colaboração.
No dia anterior, o jurista estava entre os palestrantes da Assembleia Nacional em um colóquio organizado pelo Grupo de Amizade França-Cuba da câmara baixa e pelo Instituto de Estudos Superiores sobre a América Latina (Iheal) para promover o reforço da presença de empresas gaulesas na ilha caribenha, em benefício de sua população.
A reunião contou com a presença de parlamentares, empresários franceses com experiência no mercado cubano, associações de cooperação e solidariedade e representantes da Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD) e do ramo internacional do Movimento das Empresas da França (Medef), bem como do embaixador cubano, Otto Vaillant.
Houve um consenso geral sobre as oportunidades de negócios oferecidas pela maior das Antilhas e sobre os obstáculos impostos pelo bloqueio e pela reinclusão de Cuba na lista unilateral dos EUA de países que patrocinam o terrorismo.
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