O diretor do Instituto Cervantes da Espanha, o poeta e escritor Luis García Montero, destacou que a Caja de las Letras foi aberta a “uma referência jornalística” que conseguiu detectar “os perigos da pós-verdade” e o surgimento da inteligência artificial em “uma superabundância de informação que ameaça nossos sistemas democráticos”.
A agência internacional, que comemora 85 anos de fundação, entregou no cofre da entidade os manuais de estilo e algumas das fotografias relevantes da sua safra, da história da Espanha, incluindo a tentativa de golpe de estado de 23 de fevereiro de 1981.
O presidente da EFE, Miguel Ángel Oliver, comentou que se trata de depositar um tesouro humano da linguagem, num lugar onde estão guardados os legados de Gabriel García Márquez, Miguel Hernández, Luis García Berlanga, Miguel Hernández, Nancy Morejón e Leonardo Padura, entre outros.
Também foram agora depositados o Nuevo libro del estilo urgente (Novo Livro do Estilo Urgente), co-publicado com a EFE e Cervantes, e o livro de Grandes Empresas.
Um painel formado por diversos especialistas debateu o impacto da Inteligência Artificial (IA) nas notícias e a dinâmica das notícias falsas e dos boatos com a ajuda das novas tecnologias.
Alguns exemplos, como os supostos apelos do presidente Joe Biden por ligação para que as pessoas não votassem nas primárias republicanas de New Hampshire, ou o tempo que se leva para negar boatos, foi analisado na mesa redonda. Zoraida Callejas, Engenheira de Linguagens de Computação e Sistemas (Universidade de Granada); Ramón Salaverría, professor de Jornalismo (Universidade de Navarra) e Desirée García, fundadora da EFE Verifica e diretora de Conteúdo Digital, falaram sobre estes temas.
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