No terceiro corte feito pelo órgão eleitoral, foi informado que os resultados provisórios levam em conta 1.625 seções eleitorais processadas, de um total de 6 mil 469, o que pode aumentar à medida que avançam as contagens totais nas seções eleitorais.
Uma análise indica que, há quatro anos, a abstenção registou 63,6 por cento; em 2016, foi de 64,6 por cento. Entretanto, a afluência às urnas nesta ocasião também diminuiu, destaca um artigo publicado em CRHoy.com.
Na opinião dos analistas, vários motivos influenciam estes resultados, sendo um deles o facto de predominarem factores estruturais que explicam a baixa afluência às urnas, como a apatia em relação à política, que também foi observada em níveis elevados há dois anos nas eleições presidenciais.
Em geral, a cidadania mostra resistência, basicamente mais entre os eleitores mais jovens que mostram menos adesão, são menos fiéis à democracia eleitoral, explicou o especialista Sergio Araya.
Gustavo Araya identifica este mesmo fenómeno como uma motivação da cultura política. As eleições municipais tendem a não ser tão animadas como as eleições nacionais, não há tanto entusiasmo. Este é um dos grandes factores, que minimizamos em termos de celebração democrática, afirmou.
Ambos mencionaram outro elemento: num regime presidencialista, como o da Costa Rica, uma elevada percentagem de cidadãos desconhece profundamente o trabalho realizado pelos governos locais e acredita que a solução para os problemas cantonais deve ser resolvida pelo poder executivo.
No entanto, este fenómeno é menos acentuado fora da Grande Área Metropolitana (GAM), onde a presença do Governo Central é menos sentida.
As pessoas não sabem qual é o verdadeiro papel dos municípios, e isso faz com que as pessoas se perguntem por que devem votar, pois não sabem que tem muito mais a ver com isso”, disse Gustavo Araya.
Os costa-riquenhos aguardam informações mais precisas sobre os resultados das eleições de domingo, que estarão disponíveis entre hoje e amanhã.
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