Havana, 6 fev (Prensa Latina) O cineasta cubano Manuel Herrera, com uma vasta e reconhecida carreira no cinema latino-americano, aos 84 anos está imerso na escrita de um roteiro sobre a vida do patriota Carlos Manuel de Céspedes.
O homem que Céspedes foi, a grandeza que teve nas lutas pela independência e sua extraordinária bravura serão vistos neste novo trabalho em andamento, sobre o qual o diretor concordou em falar exclusivamente com a Prensa Latina.
Herrera disse que é um projeto novo e antigo ao mesmo tempo, porque sempre admirou muito a figura de Carlos Manuel de Céspedes, o Pai da Pátria, e a primeira obra de ficção que apresentou ao Instituto Cubano de Arte Cinematográfica e Indústrias (Icaic) quando eu tinha 20 anos era um roteiro sobre a morte desse herói.
Naquela altura não foi possível fazê-lo, mas estava latente, e agora escrevo sobre a morte de Céspedes, mas na realidade trata-se dos três meses que ele passa na Serra depois de ser deposto pela Câmara como Presidente da República em Armas (século XIX), especificou Herrera.
Há retrospectivas de muitas coisas, inclusive de Guáimaro e seus amores, porque Céspedes teve quatro grandes amores e pôde dizer, como também disse o patriota cubano José Martí, que “por toda parte vinha uma alma de mulher para acalmar minha vida atormentada”. cineasta.
Cada um desses amores foram histórias muito bonitas, comentou o cineasta, Céspedes teve muitos filhos e claro que houve traições e complexidades que estão presentes neste projeto, destacou.
É um período muito intenso da história nacional e, como disse Martí, “os ricos, que se opõem em todos os lugares, em Cuba fizeram a Revolução”.
Herrera evocou neste ponto o resgate feito pelo líder revolucionário Fidel Castro depois de 1959, com a comemoração do 10 de outubro, de todas essas figuras que haviam sido relegadas por serem burguesas.
E esta é uma das origens da famosa frase de Fidel quando expressou que “nós então teríamos sido como eles, e hoje eles teriam sido como nós”, citou o entrevistado.
O projetou o filme capta esta andança, e baseia-se no Diário Perdido de Carlos Manuel de Céspedes, felizmente resgatado pelo historiador Eusébio Leal, documento ideal para conhecer muito bem o pensamento deste ilustre patriota, confirmou.
Não sei quando a obra será lançada, mas essa é a base do roteiro que estou escrevendo neste momento”, disse o cineasta.
Herrera não avançou ao mencionar possíveis nomes de atores que poderiam interpretar o Pai da Nação, tanto na juventude como na idade adulta, mas confirmou que atualmente há muitos com qualidade para assumir esse papel.
Mas o diretor confessou suas expectativas para quando o projeto se transformasse em filme e disse que gostaria que os cubanos conhecessem realmente Céspedes, o homem que ele foi, a grandeza que teve e sua extraordinária coragem.
Fui muito guiado pelo trabalho do Eusébio, disse Herrera, e conversei muito com ele sobre esse projeto e realmente é isso que eu gostaria, ter uma verdadeira dimensão do que foi Céspedes além do retrato, além do Pai do Nação.
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