Lojas, escolas, instituições públicas e privadas fecharam suas portas, e o tráfego é praticamente inexistente.
Após as 16:00, horário local, o primeiro-ministro Henry ainda não apresentou sua carta de renúncia.
Manifestantes furiosos vandalizaram várias instalações e as incendiaram.
Tiros e rajadas de armas automáticas podem ser ouvidos em várias localidades do país caribenho, inclusive em Porto Príncipe, como aconteceu na tarde de ontem, e várias pessoas já foram feridas e uma foi morta.
A prefeitura, o tribunal de paz e a Cruz Vermelha Haitiana foram destruídos e depois queimados por manifestantes na cidade de Jeanne Mendez, onde uma delegacia de polícia foi atacada no dia anterior. Vários veículos foram consumidos pelas chamas.
As autoridades haitianas reiteraram hoje a proibição do porte de armas de fogo durante os protestos contra o governo.
Qualquer cidadão que for pego com armas nas ruas durante as marchas será punido de acordo com a lei.
O comissário do governo de Porto Príncipe, Edler Guillaume, lembrou que o direito de protestar é garantido, mas, ele enfatizou, sem armas de fogo, o que é proibido pela Constituição.
Os especialistas reiteram que Ariel Henry, primeiro-ministro do Haiti, deve deixar o poder hoje e, se ele se recusar, o país poderá cair em um caos total.
Em 21 de dezembro de 2022, foi assinado um acordo que previa que Henry permaneceria no cargo por 14 meses, entregando-o em 7 de fevereiro deste ano.
Ele deveria formar um novo governo, estabelecer um Conselho Eleitoral Provisório e assumir a organização das próximas eleições.
Diante de seu silêncio sobre o assunto e da ausência de uma atitude que agradasse a seus detratores, os opositores começaram a promover protestos.
As revoltas podem atingir seu ápice hoje, a ponto de forçá-lo a renunciar, um esforço que a oposição desunida vem fazendo ao convocar manifestações que variam de três a cinco dias.
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