Em uma conferência de imprensa no palácio presidencial, autoridades do Serviço Nacional de Saúde Animal (Senasa) explicaram que foram tratados 203 casos em bovinos, equinos, suínos, ovinos, caprinos e cães.
Elas insistiram que, ao observar um caso, a ferida deve ser tratada imediatamente com larvicidas e informada à entidade.
Em uma ação decisiva para proteger a saúde de nossos animais de produção, de estimação e da vida selvagem, foi assinado hoje um decreto declarando estado de emergência sanitária no país para prevenir, controlar e erradicar a disseminação da doença da traça.
A doença é causada pela larva da mosca (Cochliomyia hominivorax), que deposita seus ovos em qualquer ferida aberta de um animal de sangue quente, incluindo pessoas. Horas depois de os ovos serem depositados, os vermes eclodem e se alimentam do tecido vivo.
O principal objetivo desse decreto é contar com os insumos necessários para evitar a disseminação dessa doença no território nacional, para salvaguardar a saúde das pessoas, dos animais de produção e domésticos e dos animais silvestres, disse Luis Matamoros, diretor geral do Senasa.
Entre outras ações realizadas para erradicar esse parasita, a vigilância ativa é feita nas fazendas onde os casos são detectados e as denúncias suspeitas são tratadas em leilões de gado, farmácias veterinárias e residências.
Como parte das medidas de controle, cerca de 15 milhões de moscas macho estéreis foram dispersas em cinco voos por semana em todo o país e armadilhas foram colocadas para identificar a presença da mosca, a fim de definir as áreas afetadas e estabelecer medidas de controle.
As autoridades de saúde animal da Costa Rica alertaram em julho passado sobre a presença do inseto em um cão perto da fronteira com o Panamá.
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