Valparaíso, Chile, 7 fev (Prensa Latina) Na escola de arte Villa Independencia, um dos poucos edifícios ainda de pé neste bairro depois dos incêndios, equipes médicas chilenas montaram seu posto de comando para responder à emergência.

O setor, que pertence ao distrito de Viña del Mar, foi um dos mais afetados pelos incêndios que começaram em 2 de fevereiro em vários municípios da região de Valparaíso e deixaram mais de 130 mortos e milhares de casas destruídas.

“É uma desolação tremenda o que estamos vivendo, a coisa mais próxima de um cenário de guerra”, disse à Prensa Latina Savitri Beegoo, estudante do sexto ano de medicina da Universidade Andrés Bello.

A jovem foi uma das que responderam ao chamado para atender às pessoas afetadas pela catástrofe, considerada a pior desde o terremoto de 27 de fevereiro de 2010.

“Embora não sejamos todos da mesma linha política, temos um senso de companheirismo e de construir juntos”, disse Savitri.

à “scar Balcázar é técnico em Saúde Natural e chegou ao setor para trabalhar em tudo, desde a recepção de pacientes, coleta de dados, até fazer recomendações para problemas como hipertensão, desidratação e estresse pós-traumático.

“Em geral, nesse caso específico, estou dando apoio aos médicos, que fazem o trabalho mais difícil”, disse ele.

Sobre os casos tratados com mais frequência no posto de comando, ele mencionou ferimentos com facadas curtas, porque há muitos voluntários desmontando casas e removendo escombros, bem como queimaduras de primeiro e segundo graus e problemas respiratórios. “Estou impressionado com o nível da catástrofe, porque acho que não tem precedentes na história nacional”, disse ele.

Amaya Candia, médica formada pela Escola Latino-Americana de Medicina (ELAM) de Cuba, explicou que os médicos estão no local fazendo consultas em lugares onde ninguém chegou.

Depois de cinco dias de luta, os incêndios foram contidos e as autoridades esperam mantê-los sob controle nos próximos dias.

A tarefa mais difícil agora é limpar e recolher os detritos e, em seguida, empreender a longa e complexa tarefa de reconstrução.

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