De acordo com os especialistas, as descobertas são um passo em direção a análises ao sangue que podem detetar a doença de Alzheimer e outras formas de demência numa fase muito precoce e pré-sintomática, algo que os cientistas procuram há décadas.
Ao examinar 1.463 proteínas em amostras de sangue de 52 mil 645 adultos saudáveis do UK Biobank, os autores do estudo descobriram que níveis elevados de quatro proteínas (GFAP, NEFL, GDF15 e LTBP2) estavam associados à demência e à doença de Alzheimer.
Os níveis sanguíneos destas proteínas nos participantes que desenvolveram demência estavam fora dos valores normais mais de dez anos antes do início dos sintomas.
Para Amanda Heslegrave, neurocientista da University College London, “estudos como este são necessários se quisermos intervir com terapias modificadoras da doença nas fases iniciais da demência”.
De acordo com os especialistas, a doença é geralmente diagnosticada quando as pessoas se apercebem de problemas de memória ou de outros sintomas e é impossível inverter a situação.
Os autores afirmam que as suas descobertas poderão ser utilizadas para desenvolver análises ao sangue para identificar pessoas em risco de desenvolver demência, enquanto outros investigadores alertam para o facto de os novos biomarcadores necessitarem de mais validação antes de poderem ser utilizados como ferramentas de rastreio clínico.
Dados da Organização Mundial de Saúde mostram que mais de 55 milhões de pessoas no planeta vivem atualmente com demência.
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