5 de November de 2024
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Missão equatoriana na Rússia pra discutir a suspensão das exportações

Missão equatoriana na Rússia pra discutir a suspensão das exportações

Quito, 15 fev (Prensa Latina) A chancelaria equatoriana anunciou hoje que enviará uma missão à Rússia para 'superar o mais rápido possível' o 'impasse' gerado pela suspensão de licenças a cinco exportadores de banana.

O Ministério dos Negócios Estrangeiros e Mobilidade Humana detalhou que esta quinta-feira as autoridades do país sul-americano mantiveram uma reunião com o embaixador de Moscovo em Quito, Vladimir Sprinchan, para discutir o problema fitossanitário.

Em comunicado divulgado nas suas redes sociais, o Ministério dos Negócios Estrangeiros equatoriano esclareceu que a autoridade sanitária russa não sancionou novas empresas.

Para a Associação de Exportadores de Banana do Equador (AEBE), que representa mais de 70 porcento das exportações de banana, o mercado russo é insubstituível.

O diretor executivo da Associação de Comercialização e Exportação de Bananas do Equador (Acorbanec), Richard Salazar, disse à imprensa local que estão à espera da resposta de Moscovo, uma vez que as observações da agência fitossanitária russa já foram tecnicamente tratadas.

O país euro-asiático é o principal destino da banana equatoriana e, segundo dados da Acorbanec, representa 21% das vendas totais da fruta.

A suspensão ocorreu em meio à tensão gerada pela decisão do Equador de entregar aos Estados Unidos equipamentos militares russos supostamente não utilizados.

No entanto, em 8 de fevereiro, Kevin Sullivan, Secretário Adjunto do Departamento de Estado dos EUA para os Assuntos do Hemisfério Ocidental, reconheceu que a entrega fazia parte de “um acordo” para a transferência de armas para a Ucrânia.

O Ministro da Produção, Comércio Externo, Investimento e Pescas, Sonsoles García, excluiu que as sanções à venda do fruto fossem uma retaliação do Kremlin e considerou o caso como técnico.

Para além da situação das exportações, os analistas consideram um erro a decisão do governo de Noboa de enviar armas para Washington.

“Este episódio é mais um exemplo da política errática que os sucessivos governos equatorianos têm mantido desde o tempo de Lenín Moreno (2017-2021) e é um reflexo e consequência do alinhamento irrefletido mantido com os Estados Unidos, comentou o ex-vice-ministro dos Negócios Estrangeiros Fernando Yépez à estação de rádio local Radio La Calle.

lam/avr/glmv

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