5 de November de 2024
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O Brasil chamou o seu embaixador em Israel após a crise

O Brasil chamou o seu embaixador em Israel após a crise

Brasília, 19 fev (Prensa Latina) O Brasil chamou hoje seu embaixador em Israel, Frederico Meyer, pela crise diplomática entre os dois países após a declaração do presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre os ataques contra a Faixa de Gaza.

Também ‘diante da gravidade das declarações do governo israelense na manhã de hoje (segunda-feira), o ministro Mauro Vieira, que está no Rio de Janeiro para a reunião do G20, convocou o embaixador israelense.

Daniel Zonshine para comparecer hoje no Palácio do Itamaraty, no Rio’, informou o Ministério das Relações Exteriores em comunicado.

No domingo, Lula comparou a ofensiva militar de Israel em Gaza ao Holocausto cometido pelo ditador alemão Adolf Hitler contra os judeus durante a Segunda Guerra Mundial.

Sabe, o que está acontecendo na Faixa de Gaza com o povo palestino não existe em nenhum outro momento histórico. Mas existiu quando Hitler decidiu matar os judeus”, denunciou o líder brasileiro em Adis Abeba, na Etiópia, onde participa como convidado na cimeira da União Africana.

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, considerou Lula persona non grata no seu país e o ministro dos Negócios Estrangeiros de Israel, Israel Katz, anunciou que o ex-sindicalista não seria bem-vindo em Telavive enquanto não se retratasse.

A este respeito, o primeiro-ministro israelita Benjamin Netanyahu considerou Lula persona non grata no seu país e o ministro dos Negócios Estrangeiros israelita, Israel Katz, anunciou que o ex-sindicalista não seria bem-vindo em Telavive enquanto não se retratasse.

Diante desse cenário, o ex-chanceler brasileiro Celso Amorim classificou a decisão de Israel como ilógica.

Isso é um absurdo. Só aumenta o isolamento de Israel. Lula é querido em todo o mundo e, neste momento, a persona non grata é Israel’, disse o atual assessor especial para assuntos internacionais da Presidência da República ao site G1, esclarecendo que a sua opinião é pessoal.

A dirigente do Partido dos Trabalhadores, Gleisi Hoffmann, destacou na rede social X (antigo Twitter) que essas declarações sobre extermínio ‘foram claramente dirigidas ao governo de extrema direita de Israel, e não aos judeus, ao povo israelense, como Netanyahu está tentando manipular’.

Para a deputada federal, “nada é tão cruel quanto o que vem sofrendo o povo palestino, vítima de uma política de extermínio guiada pelo preconceito e pelo ódio”.

Ela alertou que o governo de extrema direita de Israel está levando o país ao isolamento internacional e foi rejeitado pela civilização.

Deviam ter vergonha dos seus crimes contra a humanidade. Parem o massacre! Sentem-se à mesa para construir a paz, respeitando o direito de todos os povos à soberania e à justiça”.

Segundo fontes jornalísticas, em 134 dias de guerra em Gaza, foram registados 2.512 massacres cometidos pelo exército de ocupação israelita.

oda/ocs/glmv

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