Como exemplo, o responsável citou o cerco e os ataques sistemáticos contra o complexo médico Nasser, localizado na cidade de Khan Yunis, no sul, epicentro de uma ofensiva militar durante semanas.
Depois de mais de 130 dias de agressões, não há lugar seguro naquele território, nem mesmo nos hospitais, onde o espectro da morte persegue os doentes, os feridos e os deslocados, frisou.
Al-Kaila destacou que desde 7 de outubro, mais de 29 mil palestinos morreram no enclave costeiro, incluindo 7.850 mulheres e mais de 12.400 menores.
A esse número somam-se mais de 69 mil feridos e cerca de oito mil desaparecidos sob os escombros, indicou.
A ministra alertou para a grave escassez de pessoal de saúde nos centros de saúde do território, bem como de medicamentos, sobretudo anestésicos, antibióticos, fluidos intravenosos, analgésicos, insulina e hemoderivados.
Revelou que desde o início da agressão israelita, nasceram cerca de 20 mil crianças em Gaza, onde vivem cerca de 52 mil mulheres grávidas.
Relativamente à situação dos menores, sublinhou que o problema é crítico devido aos desafios que ameaçam as suas vidas como o deslocamento forçado, a falta de cuidados médicos e de vacinas.
Além disso, as condições já difíceis são agravadas pela fome e pelo acesso insuficiente à água potável, ao saneamento precário e à falta de segurança, acrescentou.
A saúde mental e psicológica das crianças foi afetada de forma alarmante e perigosa, pois apresentam sinais como ansiedade aumentada e contínua, perda de apetite, perturbações do sono e pânico provocado pelo som das bombas, notou.
Dada esta situação, ele apelou à comunidade internacional para impedir Israel e proteger a população civil.
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