Na apresentação do documento Visão Marítima do País 2024, o sindicato liderado por Yira Poyser indicou que a situação se deve à extensa seca causada pelo fenômeno El Niño e à restrição dos trânsitos diários de navios pelo Canal, o que mudou a configuração das rotas de muitas linhas de navegação.
O texto, que será apresentado aos candidatos à presidência no período que antecede as eleições gerais de maio próximo, inclui propostas para restaurar a competitividade do setor, atualizar a legislação, modernizar as atividades com a transformação digital e enfrentar os desafios do setor.
A esse respeito, Poyser disse que eles apoiam as soluções apresentadas pela Autoridade do Canal do Panamá, como a construção de um reservatório no Rio Indio, mas admite que houve uma falta de vontade política para prosseguir o mais rápido possível.
O documento também propõe a aprovação do projeto de lei que estabelece os limites da bacia hidrográfica da hidrovia interoceânica e a coordenação institucional de ações para desenvolver o projeto do reservatório multiuso.
Em termos de infraestrutura, o CMP também afirma que é necessário definir a construção de estações de tratamento de água para a área metropolitana que é alimentada pelo reservatório de Bayano, além de instalar usinas de dessalinização como uma opção para abastecer as comunidades próximas.
De acordo com Juan Carlos Croston, ex-presidente do sindicato, o impacto da redução nos trânsitos do Canal foi prejudicial para o setor marítimo, cujos porta-vozes indicaram que, como este é um ano eleitoral no Panamá, é crucial que o próximo governo coloque o setor entre suas prioridades.
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