Um comunicado do Ministério das Relações Exteriores (Minrex) da ilha caribenha afirma que Lazo fará representações urgentes às mais altas autoridades do Quênia em busca de cooperação e esclarecimento à luz das recentes notícias publicadas sobre a possível morte não confirmada dos médicos Assel Herrera Correa e Landy Rodríguez Hernández.
A mídia não oficial publicou recentemente notícias sobre a suposta morte dos médicos cubanos durante um bombardeio do exército dos Estados Unidos contra posições do grupo terrorista de origem somali Al-Shabaab, que os fez prisioneiros em 12 de abril de 2019.
A declaração do Minrex afirma que desde as primeiras horas da recepção da notícia, o governo cubano dá prioridade absoluta aos esforços que, através de vários meios e diferentes atores internacionais, são realizados para obter a informação mais objetiva sobre os fatos. Esta ação continuará até que se esgotem todas as possibilidades de confirmar a situação dos médicos cubanos, reafirma a nota.
Detalha que, neste contexto, desde domingo, 18 de fevereiro, e além dos esforços e da comunicação com o governo queniano, foram iniciados contatos oficiais com a Somália em busca de precisão sobre as operações militares noticiadas através de canais não oficiais.
Estes meios de comunicação citam o Comando Africano dos Estados Unidos (Africom), que informa que o acontecimento ocorreu na noite de 15 de fevereiro, durante o referido bombardeio com drones estadunidenses na cidade de Dilib, na Somália, informa o Minrex.
Cuba, através do seu Ministério das Relações Exteriores, dirigiu-se ao governo dos Estados Unidos através dos canais diplomáticos no domingo, 18 de fevereiro, pedindo esclarecimentos e ainda aguarda resposta, afirma o comunicado do Ministério das Relações Exteriores.
A nota aponta que até o momento não há nenhuma declaração pública do governo dos EUA ou de suas forças armadas que confirme ou desmente a notícia que envolve nossos colaboradores de saúde.
Da mesma forma, desconhecem-se as circunstâncias e características da operação militar que o porta-voz da Africom confirma ter ocorrido, bem como se esta (operação) foi justificada, e se foram tomados os cuidados obrigatórios para evitar danos colaterais, proteger civis e inocentes, e devido respeito pelo direito humanitário internacional, adverte o Minrex.
Este tipo de ação constitui uma questão sobre a qual as organizações internacionais manifestaram sérias preocupações no passado, conclui a nota.
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