O chefe de Tecnologia e Inovação da Comissão Económica das Nações Unidas para África (CEA), Mactar Seck, expressou que a identificação digital pode criar valor económico para os Estados principalmente ao permitir uma maior formalização dos fluxos económicos, citado pela estação televisiva estatal Fana Radiodifusão Corporativa.
Falando no 12º webinário Stats Talk-Africa realizado na sede da ECA, Seck também sentiu que ajudaria a promover uma maior inclusão de pessoas numa variedade de serviços e permitiria a digitalização incremental de interações sensíveis que requerem elevados níveis de confiança.
Pode também conduzir a um acesso maior e mais inclusivo à educação, aos cuidados de saúde e aos mercados de trabalho, apoiar a migração segura e contribuir para níveis mais elevados de participação cívica, acrescentou.
No entanto, reconheceu que subsistem desafios na implementação desse progresso na África, incluindo infraestruturas limitadas, baixa literacia digital e falta de confiança nas instituições governamentais.
“O sucesso da implementação de sistemas de identificação digital requer uma abordagem abrangente e colaborativa, considerando as necessidades e desafios específicos de cada país africano”, acrescentou. Avaliações e ajustes periódicos com base no feedback e nas mudanças nas circunstâncias contribuirão para o sucesso da iniciativa a longo prazo.
Observou que a colaboração e o compromisso entre governos, organizações internacionais e o setor privado são essenciais para a implementação de quadros de identificação digital.
O evento organizado na véspera pelo Centro Africano de Estatísticas da Comissão foi realizado sob o tema “Construindo sistemas de identidade nacional inclusivos: interligação da identidade digital e da identidade legal”.
Segundo especialistas, um ID digital é uma identidade verificada e autenticada com alto grau de segurança através de canais digitais, únicos e estabelecidos com consentimento individual. Ao contrário do documento em papel, a versão digital pode ser autenticada remotamente.
O objetivo do seminário foi desmistificar conceitos, processos, divergências e desenvolvimentos nos sistemas legais e de identidade digital para abordar preocupações sobre privacidade, segurança e o potencial de roubo de identidade ou uso indevido de informações pessoais.
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