A legislatura discutiu hoje a iniciativa, apoiada por seis deputados da comissão criada para o efeito.
A Costa Rica não está disposta a realizar eleições de dois em dois anos, daí esta análise”, Alejandro Pacheco, presidente do partido Unidade Social Cristã, explica num vídeo as razões da sua proposta.
Gera custos elevados e ficou demonstrado que o abstencionismo não diminuiu, muito pelo contrário, afirmou, aludindo aos resultados das últimas eleições de 4 de fevereiro. No entanto, o TSE defendeu suas considerações para não endossar uma iniciativa legislativa que visa realizar eleições presidenciais e municipais no mesmo dia.
Atualmente, as eleições são realizadas com dois anos de intervalo.
O advogado do TSE, Andrei Cambronero, explicou que a oposição se deve principalmente a uma visão democrática, pois se considera que os governos locais devem ter visibilidade, além das eleições nacionais, devido à autonomia constitucional de que dispõem e à centralização que foi tentada através da transferência de certas competências para os municípios.
Numa democracia madura e estável como a da Costa Rica, um projeto desta natureza torna difícil que os eleitores sejam adequadamente informados sobre todas as possibilidades que têm num espetro muito amplo de partidos políticos, sublinhou Cambronero.
Além disso, há o chamado voto de arrasto e a impossibilidade de os partidos cantonais terem acesso a certificados de sessão para uma dívida política avançada, já que a lei atual só concede essas opções de financiamento aos partidos nacionais.
Isto torna mais grave e crítica a situação de desigualdade de concorrência, já apontada por organizações internacionais, acrescentou.
Os prazos para o registo de candidatos também devem ser ajustados, uma vez que em cada eleição se espera que mais candidatos participem, o que significa mais tempo para os processos de revisão, ou seja, também mais tempo para os eleitores se informarem.
O projeto de lei segue agora para o plenário, onde é aberto um período para cada legislador incluir moções de fundo ao texto.
De acordo com os deputados que votaram a favor da iniciativa, este projeto abre a possibilidade de participação dos cidadãos, uma vez que alarga o período de tempo disponível para a realização de referendos. Se for aprovado, a unificação será efectiva até 2034.
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