Um novo relatório publicado na Bloomberg revela as consequências do crescente uso de sanções financeiras utilizadas por Washington para castigar seus inimigos globais, sobre as finanças de milhares de cidadãos estadunidenses, segundo o meio digital Cubadebate.
De acordo com a análise, os bancos norte-americanos estão cada vez mais relutantes em fazer transações com clientes vinculados a países afetados pelas restrições, por medo de multas enormes dos reguladores.
Os bancos afirmam que não estão discriminando e argumentam que os reguladores estão enviando mensagens confusas sobre restrições complexas e que mudam com frequência.
O artigo dá o exemplo de Shahbaz Salehi, um cidadão americano de origem iraniana, consultado por causa das sanções de Washington contra o Irã, que não conseguiu transferir o dinheiro que herdou após a morte de seu pai para os EUA.
Isso ocorreu apesar de garantir a conformidade com as diretrizes do Departamento do Tesouro, observa o veículo de mídia.
A lista de nações sancionadas inclui Rússia, Cuba, Irã, Síria e a República Popular Democrática da Coreia (RPDC), estados que enfrentam as restrições mais rigorosas, enquanto alguns outros países estão sujeitos a regras punitivas menos extensas.
O Departamento do Tesouro retirou milhares de indivíduos e empresas de mais de uma dúzia de países do sistema bancário dos EUA, citando supostas ligações com terrorismo, violações de direitos humanos ou regimes hostis.
O uso excessivo de sanções afeta várias comunidades de imigrantes e grupos beneficentes, mesmo que as autoridades estejam cientes disso, observou o texto.
O subsecretário do Departamento do Tesouro para Terrorismo e Inteligência Financeira, Brian Nelson, disse que certas populações não podem ser apontadas como muito arriscadas se isso não for baseado em nenhuma das exigências regulatórias.
Ele explicou que os programas de conformidade dos bancos podem criar condições nas quais determinadas comunidades ou atividades comerciais são excluídas do sistema financeiro formal, levando algumas delas a burlar a lei.
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