“Não, não estamos a considerar isso. É um dos componentes-chave deixados dentro do sistema de acordos internacionais, acordos legais e outros tipos de instrumentos para regular esta área, que já existe há décadas”, disse Ryabkov à agência de notícias Sputnik.

Além disso, o vice-ministro observou que os contatos com os Estados Unidos sobre as acusações de Washington contra Moscovo de alegados planos de implantação de armas nucleares no espaço revelaram-se improdutivos.

De acordo com Riabkov, é Washington que “há muito tempo segue a linha de criar superioridade no espaço sideral, inclusive no campo das armas”.

“Os americanos estão a usar o assunto para fins de propaganda, estão a fazer acusações baseadas em nada, não apoiadas pela menor evidência, esta é a sua forma habitual”, acrescentou o vice-ministro.

“Além disso, representantes sensatos da comunidade internacional perceberam isso há muito tempo e simplesmente não podem levar a sério as acusações americanas desta natureza”, disse ele.

A televisão ABC, citando fontes, informou anteriormente que os legisladores dos EUA, durante um briefing secreto, podem ter sido informados sobre os alegados planos da Rússia de “implantar armas nucleares no espaço” para utilização contra satélites.

Moscou já observou repetidamente que a Rússia, juntamente com outros países, é a favor de evitar uma corrida armamentista no espaço e de preservá-lo para fins pacíficos.

Em 1967, o Tratado do Espaço Exterior entre os Estados Unidos, o Reino Unido e a então União Soviética lançou as bases para o direito espacial internacional, deixando claro que o universo além da atmosfera da Terra não deveria ser um domínio de competição militar.

O tratado não é vinculativo, mas assinala uma importante declaração de intenções pacíficas.

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