Na terça-feira passada coloquei a renúncia do gabinete à disposição de Abbas e esta segunda-feira apresentei-o por escrito, detalhou Shtayyed no início de uma reunião com os ministros desta cidade.
“Esta decisão surge à luz dos desenvolvimentos políticos, de segurança e econômicos relacionados com a agressão contra o nosso povo na Faixa de Gaza, e a escalada sem precedentes na Cisjordânia”, destacou o responsável, citado pela agência oficial de notícias Wafa.
O líder palestino denunciou o ataque feroz e sem precedentes contra os habitantes daquele enclave costeiro, onde vivem 2,3 milhões de pessoas.
Denunciou também o genocídio, as tentativas de deslocamento forçado, a fome em Gaza, a intensificação da política expansionista na Cisjordânia e o terrorismo praticado pelos colonos judeus.
Shtayyed criticou as tentativas do país vizinho de liquidar a Agência das Nações Unidas de Assistência e Obras para os Refugiados Palestinianos no Médio Oriente e de converter a Autoridade Nacional Palestiniana (ANP) numa instituição administrativa de segurança, sem conteúdo político.
Este governo trabalhou em circunstâncias complexas e enfrentou batalhas impostas, tanto de Israel como de crises internacionais, incluindo a pandemia de Covid-19, sublinhou.
Passaram cinco anos desde a formação do gabinete, consequentemente, vejo que a próxima fase e os seus desafios exigem novos acordos governamentais e políticos que tenham em conta a nova realidade em Gaza, as conversações de unidade nacional e a necessidade urgente de um diálogo inter-governamental. Consenso palestino, destacou.
Nas últimas semanas, Israel exigiu repetidamente mudanças na ANP, que foi apoiada pelos Estados Unidos e vários aliados.
jf/rob/ls