A presidenta do organismo da ONU, Carolyn Rodrigues-Birkett, afirmou que as mulheres devem ter pleno exercício de suas liberdades fundamentais na vida pública, política, económica, cultural e social.
A paz, a estabilidade e o desenvolvimento sustentável no país só podem ser alcançados se houver um processo político inclusivo, sustentado pelo respeito pelo Estado de direito e pelos direitos humanos de todo o povo afegão, afirmou.
Na segunda-feira, o Conselho de Segurança da ONU realizou uma reunião privada sobre a situação no país, num contexto de aumento das detenções de mulheres e de agravamento das condições humanitárias.
Rodrigues-Birkett condenou, em nome dos signatários da Declaração de Compromissos Partilhados para os princípios da Mulher, da Paz e da Segurança, as políticas contínuas de discriminação e opressão de género dos Talibãs.
Exigiu que o governo de facto anulasse imediatamente todas as políticas e reduzisse as políticas que reprimem as mulheres e as raparigas, incluindo as restrições à educação nos níveis secundário e superior, o direito ao trabalho, a liberdade de circulação e a liberdade de expressão.
A declaração reafirmou o papel indispensável das mulheres na prevenção e resolução de conflitos, na construção da paz e na resposta humanitária.
Ao mesmo tempo, acrescentou que a parceria equitativa deste grupo populacional na economia do desenvolvimento e nos processos políticos do Afeganistão é fundamental para o progresso.
As condições rigorosas do inverno e as catástrofes naturais estão a agravar a já terrível situação humanitária no país, alertou.
Apelamos aos Talibãs para que garantam que as mulheres participem na avaliação das necessidades, no planeamento e na prestação de ajuda humanitária, reconhecendo que a sua ausência está a ter um impacto negativo nessa ajuda”, acrescentou.
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