‘Javier Milei fez palhaçadas nas redes sociais espalhando mentiras de bolsonaristas (apoiadores do ex-governador Jair Bolsonaro) sobre Lula’, escreveu Hoffmann na rede social X.
Ela ressaltou que ‘falar em ditadura no Brasil é totalmente irresponsável, ainda mais grave se for reproduzido pelo presidente do país vizinho, amigo e parceiro comercial’.
Nos últimos dois dias, o ultradireitista argentino partilhou naquela plataforma várias mensagens de apoio ao evento convocado ontem por Bolsonaro, em que reuniu milhares de seguidores na emblemática Avenida Paulista, em São Paulo.
Os apoiantes do ex-militar tentaram mostrar o seu apoio ao político de extrema-direita, que está a tentar defender-se de várias acusações, como a de ser golpista.
Além de glorificar Bolsonaro, o presidente da Argentina partilhou mensagens com ataques directos contra o antigo líder trabalhista.
Ousou dizer que o comício representaria a “resistência contra a ditadura de Lula da Silva”.
Da mesma forma, partilhou também uma publicação do líder da Vox (acrónimo da organização de extrema-direita espanhola), Santiago Abascal, que destacou a mobilização bolsonarista como resposta a um alegado “autoritarismo de Lula” e “perseguição à oposição”.
Para o líder do PT, Milei deveria preocupar-se primeiro em resolver os graves problemas do povo argentino.
Ele foi eleito para isso, mas prefere ofender Lula e perseguir estudantes brasileiros em seu país”, disse.
Neste sentido, citou o caso dos brasileiros que estudam no país vizinho e que estão a ser excluídos sob a acusação de serem “falsos turistas”.
Apesar dos contínuos ataques de Milei, o chefe do Conselho Especial da Presidência, Celso Amorim, afirmou em dezembro que o Brasil deve adotar uma “relação de Estado” com o país vizinho.
É possível ter “boas relações, mesmo com presidentes de ideologias muito diferentes. Tudo depende da capacidade de colocar os interesses do Estado acima das preferências pessoais. Nós somos capazes disso”, afirmou o antigo ministro dos Negócios Estrangeiros na ocasião.
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