Um documento do Bureau Político da FA considera que o país está em “quatro anos de estagnação e regressão”.
“A maioria dos uruguaios vive pior e isso é o resultado do modelo de país que está sendo implementado pela coalizão conservadora liderada pelo Herrerismo, um modelo que busca favorecer os interesses das minorias privilegiadas, a ‘minoria dourada’, à qual o presidente alude com tanto entusiasmo”, diz o texto.
Ele acrescenta que o “Compromiso País” assinado em 2019 pelos partidos que compõem a coalizão governamental “tornou-se letra morta”.
Após quatro anos de governo, os dados são conclusivos: a riqueza aumentou, mas permaneceu concentrada nas mãos de poucos, apontou a FA.
“Os preços da cesta básica de produtos e do combustível aumentaram, há falta de medicamentos, mais pessoas estão vivendo nas ruas, a pobreza aumentou, especialmente a pobreza infantil, e os salários e as pensões estão caindo há quatro anos, diz a análise.
Ele acrescenta que a dívida externa cresceu e a promessa de reduzir o déficit fiscal foi quebrada “apesar dos cortes nos salários, pensões e investimentos sociais”.
“A insegurança cresceu em todo o país, recaindo mais fortemente sobre a população de baixa renda”.
Ele se refere ao aumento de mortes suspeitas e homicídios e relata o relaxamento dos controles sobre a lavagem de dinheiro das drogas, cuja influência, de acordo com a percepção do público, se expandiu.
“Nosso país tem necessidades urgentes que não podem mais ser ofuscadas pelos escândalos de corrupção que dominaram a agenda pública nos últimos meses”, conclui a declaração.
Ao apresentar o documento, o presidente da Frente, Fernando Pereira, disse à imprensa que a atual administração “governou para as minorias, para os amigos e para os setores mais privilegiados da sociedade”.
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