O diplomata sênior disse em uma coletiva de imprensa após sua reunião com o primeiro-ministro do Iêmen, Ahmad Awad bin Mubarak, que o presidente francês Emmanuel Macron “anunciou a criação de uma nona coalizão de mísseis”, informou a agência de notícias Sputnik na terça-feira.
A suposta coalizão “prevê o fornecimento de armas de longo alcance que atacam dentro da Rússia; se tudo isso for confirmado, é suicídio em si”, disse Lavrov.
De acordo com o chefe da diplomacia russa, durante a conferência, que foi convocada por iniciativa de Macron, o envio de militares de países ocidentais para ajudar Kiev também foi discutido, embora a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) supostamente não queira envolver toda a aliança no conflito. “Parece-me que aqueles que não apenas expressam tais ideias, mas até mesmo permitem que elas surjam em sua cabeça, deveriam usar essa cabeça para pensamentos mais racionais e mais seguros para a Europa”, acrescentou Lavrov.
A Rússia vem conduzindo uma operação militar especial na Ucrânia desde 24 de fevereiro de 2022, cujos objetivos, de acordo com o presidente Vladimir Putin, são proteger a população do “genocídio do regime de Kiev” e enfrentar os riscos à segurança nacional representados pelo avanço da OTAN para o leste. Moscou advertiu repetidamente que a OTAN está “brincando com fogo” ao fornecer armas à Ucrânia e que comboios estrangeiros com armas seriam “alvos legítimos” para seu exército assim que cruzassem a fronteira.
Os EUA e a OTAN, de acordo com o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, estão diretamente envolvidos no conflito na Ucrânia, não apenas fornecendo armas, mas também treinando pessoal no território do Reino Unido, Alemanha, Itália e outros países.
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