O acordo para o trânsito de combustível russo pelo território ucraniano expira em 31 de dezembro deste ano e a União Europeia (UE) não tem intenção de prorrogá-lo, disse o porta-voz da CE, Tim Makfi, em uma coletiva de imprensa.
A Áustria, a Eslováquia, a República Tcheca e, em maior escala, a Itália ainda recebem gás natural da Rússia, com um total de 15 bilhões de metros cúbicos, disse o porta-voz.
Atualmente, trabalhamos para garantir um volume semelhante de gás natural, com o objetivo de interromper completamente esses suprimentos via Ucrânia, disse ele.
Não podemos mencionar nenhuma rota específica neste momento, mas posso garantir que esses países receberão gás por outras rotas”, disse o funcionário.
Para compensar as compras de gás fora da rota de trânsito usual, a CE organizará a aquisição conjunta pelos estados da UE por meio da Plataforma Europeia de Energia, disse o porta-voz.
Na época, alguns países europeus e, principalmente, os EUA defenderam o direito de Kiev de manter o trânsito do gás natural russo por meio de seu sistema de gasodutos, em meio à construção do gasoduto Nord Stream-2 por Moscou, conectado diretamente à Alemanha.
A sabotagem contra o recém-concluído Nord Stream-2 e seu gêmeo Nord Stream-1 no Mar Báltico, bem como as sanções da UE contra a Rússia, levaram os estados europeus a comprar gás liquefeito fornecido por empresas americanas muito mais caras.
Na época, o alto preço do gás, que subiu de US$ 600 antes de fevereiro de 2022 para quase US$ 3.000 por mil metros cúbicos em 2023, permitiu que as empresas de produção de gás de xisto dos EUA penetrassem no cobiçado mercado de energia europeu.
ro/to