Haddad fez essa proposta em São Paulo na abertura de uma reunião dos ministros de Finanças dos países do G20, grupo que reúne as 19 maiores economias do mundo mais a União Europeia e a União Africana.
No evento, o governante, que está se recuperando após ser diagnosticado com Covid-19, também defendeu uma proposta para taxar os super-ricos.
“Como a hiperfinanceirização (influência dos intermediários financeiros e das tecnologias) continuou em um ritmo acelerado, um complexo sistema offshore foi estruturado para oferecer formas cada vez mais elaboradas de evasão fiscal aos super-ricos”, disse Haddad.
Abrindo o painel intitulado O papel político-econômico no combate às desigualdades: experiências nacionais e cooperação internacional, Haddad disse que essas tendências “culminaram na crise financeira de 2008, expondo claramente as limitações dessa forma de globalização”.
Reconhecendo o progresso feito na última década, “temos que admitir que ainda precisamos fazer com que os bilionários do mundo paguem sua parte justa em impostos”, continuou ele.
Além de buscar progresso nas negociações em andamento na Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico e nas Nações Unidas, “acreditamos que um imposto mínimo global sobre a riqueza poderia ser um terceiro pilar da cooperação tributária internacional”, disse ele.
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