O Palácio do Planalto, sede do Poder Executivo, confirmou que Lula participará nesta quarta-feira na capital guianense como convidado especial do encerramento da 46ª Conferência de Chefes de Governo da Comunidade do Caribe (Caricom).
Ele indicou que o encontro aborda temas como desenvolvimento sustentável, segurança alimentar e nutricional e “permitirá dar novo impulso às relações do Brasil com os países do Caribe”.
Segundo a fonte, durante a sua estadia de 48 horas o presidente brasileiro manterá reuniões de trabalho com Irfaan Ali e com o presidente do Suriname, Chan Santokhi, para discutir assuntos de interesse bilateral e trilateral.
“Os encontros proporcionarão a oportunidade de aprofundar o diálogo entre os países, com destaque para as áreas de energia e integração de infraestrutura física e digital”, afirma o Planalto.
Durante o primeiro semestre de 2024, a Guiana ocupa a presidência da organização.
Fundada em 1973, a Caricom procura promover a integração económica, o desenvolvimento social e a coordenação da política externa e a cooperação em segurança entre os seus membros.
É composto por Antígua e Barbuda, Bahamas, Barbados, Belize, Dominica, Granada, Guiana, Haiti, Jamaica, Montserrat, Santa Lúcia, São Cristóvão e Nevis, São Vicente e Granadinas, Suriname e Trinidad e Tobago.
Arquivos do governo brasileiro indicam que o comércio do gigante sul-americano com aquele bloco passou de um bilhão para 2,6 bilhões de dólares nos últimos dois anos.
Desse país, Lula viajará amanhã para São Vicente e Granadinas, onde participará, no dia seguinte, na capital Kingstown, da abertura da oitava cúpula da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac).
Apesar de ser um dos fundadores dessa aliança, formada por 33 países, o anterior Executivo do Brasil (2019-2022), o do político de extrema direita Jair Bolsonaro, a abandonou.
A reintegração ao bloco foi uma das primeiras medidas de política externa de Lula no início de 2023, ao assumir o terceiro mandato.
Tal nomeação “acontece num contexto de revitalização da Celac, que após a saída do Brasil ficou paralisada por um tempo”, declarou a ministra Daniela Benjamin, diretora de Integração Regional do Ministério das Relações Exteriores.
“Nessa cimeira teremos a oportunidade de fazer uma avaliação dos progressos que estão a ser feitos e de saber como a cooperação se expandirá a partir de agora”, observou.
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