“As declarações do Ocidente não coincidem com as suas ações e insistem na sua abordagem que visa consagrar a sua hegemonia e superioridade militar em detrimento da segurança, estabilidade e existência de outros países e povos”, afirmou o ministro em um discurso proferido por videoconferência à Conferência de Desarmamento realizada em Genebra.
Considerou este evento uma oportunidade excepcional para os Estados membros reafirmarem os seus compromissos nas esferas do desarmamento e do controle de armas, especialmente no domínio nuclear, para evitar que a humanidade enfrente a destruição e a guerra.
Segundo o chefe da diplomacia síria, sem o apoio dos Estados Unidos e de outros países aliados de Israel, a agressão bárbara contra o indefeso povo palestino na Faixa de Gaza não teria durado cinco meses.
Os países ocidentais fecham abertamente os olhos à posse de capacidades nucleares pelo regime israelense fora do quadro do Tratado de Não-Proliferação Nuclear e do Acordo de Salvaguardas Abrangentes, e permanecem em silêncio relativamente às declarações dos seus responsáveis sobre a possibilidade de usar uma bomba nuclear contra a Palestina e pessoas em Gaza, denunciou.
Reiterou a posição de Damasco que apela ao estabelecimento de uma zona livre de armas nucleares e outras armas de destruição maciça no Oriente Médio, e criticou que isto colide com a rejeição dos Estados Unidos e de Israel.
Na opinião do chefe, o comportamento do Ocidente duplicou o perigo do terrorismo químico e encorajou organizações terroristas a possuir, desenvolver e usar armas químicas contra civis e o exército sírio.
Estes fatos foram ignorados pelo Ocidente e este até adotou a narrativa dos terroristas e usou-a como pretexto para lançar uma agressão militar contra a Síria, afirmou.
Por outro lado, apelou ao apoio à iniciativa da Rússia na Conferência sobre Desarmamento de elaborar uma convenção internacional destinada a reprimir o terrorismo químico e biológico, uma vez que, segundo Al-Mekdad, impedir que organizações terroristas utilizem armas de destruição maciça se tornou uma necessidade para garantir a segurança internacional.
Finalmente, o Ministro dos Negócios Estrangeiros confirmou que Damasco trabalhará com os Estados membros para reativar o papel da Conferência sobre o Desarmamento, especialmente a Conferência sobre o Desarmamento Nuclear.
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