Gargavanis fazia parte de uma missão conjunta da ONU que visitou o hospital al-Amal em Khan Younis para evacuar alguns pacientes e entregar suprimentos médicos, além de alimentos, água e combustível.
Composta pela OMS, pelo Escritório de Coordenação de Assuntos Humanitários, pela Agência Palestina de Refugiados, pelo Fundo de População, pelo Serviço de Ação contra Minas das Nações Unidas e pelo Departamento de Segurança e Proteção das Nações Unidas, a missão também foi capaz de distribuir suprimentos cirúrgicos de emergência e antibióticos para atender a 50 infecções.
O funcionário da OMS disse que a primeira prioridade era identificar e encaminhar alguns dos pacientes que ainda estavam na instalação para atendimento.
“Não há respeito por nenhuma regra ou direito humanitário relacionado à equipe médica. Sentimos que a vida é muito difícil aqui”, acrescentou o diretor do hospital al-Amal, Haider al-Qudra.
Antes da guerra, esse centro médico tinha 100 leitos, concentrava-se na saúde materno-infantil e era capaz de atender às necessidades básicas de cirurgia e medicina interna. Ele também oferecia serviços especializados de reabilitação, mas a destruição causada pelo bombardeio do terceiro andar reduziu a capacidade para cerca de 60 leitos.
Atualmente, apenas 12 dos 36 hospitais de Gaza estão funcionando parcialmente, segundo a OMS, seis deles no sul e seis no norte, enquanto 23 não oferecem nenhum tipo de serviço.
A agência de saúde da ONU enviou 15 equipes médicas de emergência adicionais para o sul de Gaza, além de quatro hospitais de campanha com uma capacidade total de 305 leitos.
Nesse sentido, reiterou a necessidade de restaurar o funcionamento do sistema de saúde de Gaza, permitindo que todos os profissionais de saúde da área trabalhem, pois são treinados e preparados para trabalhar mesmo nessas circunstâncias.
Pelo menos 29.954 palestinos foram mortos e 70.325 ficaram feridos na invasão militar israelense desde 7 de outubro, disse o Ministério da Saúde de Gaza em um comunicado na quarta-feira.
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