Com 120 votos a favor, os legisladores exortaram o presidente Daniel Noboa a implementar a medida nas diferentes regiões e províncias afetadas pela estação chuvosa, aqui conhecida como inverno.
Os parlamentares também exigiram a declaração do estado de emergência nas províncias de Los Ríos, Guayas, Esmeraldas, Manabí, Santa Elena, Bolívar, Santo Domingo, Cañar e Azuay, devido aos graves efeitos do inverno.
Por outro lado, pediram que os ministérios das Finanças, Agricultura, Produção, Transportes e Saúde a aloque recursos econômicos, ative planos de contingência, realize ações de reabilitação de infra-estruturas rodoviárias e inicie planos de ação e controle da dengue e da malária.
Da mesma forma, os legisladores instruíram a Secretaria de Gestão de Riscos (SGR) deste país sul-americano a comparecer perante a Sessão Plenária, num prazo não superior a 10 dias, para informar sobre ações específicas no âmbito de eventos climáticos, inundações, deslizamentos de terra, buracos e perda de vidas humanas nos territórios que sofreram as consequências das chuvas intensas.
Nesta terça-feira, a SGR revelou que o período chuvoso deixou até agora 101.524 pessoas afetadas no país andino.
Ruas inundadas, avenidas com buracos e hospitais evacuados também são resultado do primeiro mês de chuvas neste país sul-americano, detalhou o SGR.
A instituição informou ainda que ocorreram um total de 733 eventos perigosos em 23 províncias. No entanto, Manabí, Guayas, Los Ríos, Esmeraldas e Santa Elena receberam o peso do inverno que também deixou seis mortos, 601 afetados, 23.538 casas afetadas, 74 destruídas e mais de 23 mil hectares de plantações perdidas e 22,36 quilômetros de estradas danificadas.
A cidade de Chone, na província equatoriana de Manabí, perdeu 30 mil dólares em suprimentos e medicamentos devido às enchentes que afetaram o hospital daquela cidade.
O sistema de saúde daquela cidade, declarado em situação de calamidade, foi o mais afetado pelas intensas chuvas das últimas semanas, que provocaram o colapso dos hospitais Napoleón Dávila Córdova e do Instituto Equatoriano de Seguridade Social (IESS).
Embora as chuvas sejam comuns nesta época do ano, o fenômeno El Niño tem provocado um aumento considerável e anômalo da temperatura do mar, o que gera fortes precipitações no território nacional, principalmente nas zonas costeiras.
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