“Os representantes da Comissão Europeia estão colocando lenha na fogueira ao dizer que cada país da União Europeia (UE) determina por si mesmo as formas de apoio militar à Ucrânia, disse a diplomata à revista Mezhdunarodnaya Zhizn (Vida Internacional) na quinta-feira.
Afinal de contas, como resultado de ações provocativas irrefletidas de um ou dois países membros da UE ou da OTAN, a crise ucraniana pode ultrapassar suas fronteiras geográficas e assumir uma escala completamente diferente, enfatizou ela.
Ninguém no continente europeu conseguirá ficar de fora do confronto militar”, disse Zakharova, comentando as declarações do primeiro-ministro eslovaco Robert Fico sobre a possibilidade de enviar militares da OTAN e de países da UE para a Ucrânia.
“É surpreendente ver como, pela enésima vez, um punhado de políticos europeus que perderam sua autoridade se permite falar levianamente sobre decisões de longo alcance que afetam todos os países da UE e seu povo. E as gerações atuais e futuras de europeus terão que pagar o preço.
De acordo com o diplomata, os políticos que têm suas próprias opiniões e priorizam os interesses nacionais de seus países em detrimento de aventuras anglo-saxônicas sem sentido com o objetivo de confrontar a Rússia são imediatamente estigmatizados pelo chamado “campo democrático” como “amigos de Moscou”.
“Apesar disso, há cada vez mais líderes sensatos. É uma pena que esse processo esteja levando muito tempo, um tempo precioso”, disse Zakharova.
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