Esta análise, uma das mais importantes nos últimos anos, envolveu peritos de múltiplas instituições como a Johns Hopkins Bloomberg School of Public Health, nos Estados Unidos, a Universidade de Sydney e a Universidade Sorbonne, em França.
Então, “no geral, foram encontradas associações diretas entre a exposição a alimentos ultraprocessados e 32 parâmetros de saúde que abrangem a mortalidade, o cancro e os resultados de saúde mental, respiratória, cardiovascular, gastrointestinal e metabólica”, explicam os investigadores na publicação.
Para além disso, concluíram que “uma maior exposição a este tipo de alimentos foi associada a um maior risco de resultados adversos para a saúde, especialmente cardiometabólicos, perturbações mentais comuns e resultados de mortalidade”.
Resultados mais específicos mostram que uma maior ingestão de alimentos ultraprocessados estava “associada a um aumento de cerca de 50% do risco de morte relacionada com doenças cardiovasculares, um risco 48 a 53% superior de ansiedade e perturbações mentais comuns e um risco 12% superior de diabetes tipo 2”.
Revelam ainda que uma maior ingestão destes alimentos estava “associada a um risco 21% maior de morte por qualquer causa, um risco 40 a 66% maior de morte relacionada com doenças cardíacas, obesidade, diabetes tipo 2 e distúrbios de sono, e um risco 22% maior de depressão”.
Caso não saiba, o termo alimentos ultraprocessados refere-se aos produtos de pastelaria e aos snacks embalados, assim como a bebidas gaseificadas, os cereais açucarados e as refeições prontas a consumir. Porquê? Todos são submetidos a múltiplos processos industriais e contêm geralmente corantes, emulsionantes, aromatizantes e outros aditivos. Tendem ainda a “ser ricos em açúcar, gordura e/ou sal adicionados, mas são pobres em vitaminas e fibras”.
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