No seu mais recente comunicado, a CNTP questionou que dos mais de três mil centros educativos, uma boa parte não está pronta para abrir as salas de aula devido a condições de construção e segurança deploráveis, para além da falta de nomeação de professores.
Neste sentido, rejeitou que mais de 10 mil alunos sejam afectados pela ausência de professores no meio de um sistema caracterizado pelo êxodo de alunos das escolas públicas para o sector público por razões económicas.
Esta sobrelotação das salas de aula, diz o CNTP, será prejudicial para a qualidade do ensino, o que indica a necessidade de o Estado elaborar um objetivo único que deve ser único e em conformidade com o projeto de desenvolvimento nacional multilateral e integral, incorporando todos os pólos económicos, culturais e ambientais do país, segundo o texto.
Sobre esta questão, os dirigentes dos professores avisaram que vão reagir com uma greve de protesto, e Humberto Montero, da Associação Veragüense de Professores, indicou que a ação é uma resposta à má organização do período escolar, que vai começar de forma escalonada, apenas nos níveis pré-escolar e primário.
Num ano de eleições gerais, em que os candidatos aparecem com propostas que depois não cumprem nos seus mandatos, a CNTP alertou que os panamianos continuam a enfrentar outros flagelos, como o elevado custo de vida e a crise do Fundo de Segurança Social, e apelou à retoma do diálogo nacional com a participação dos sectores representativos.
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