Analistas de mercado apontam que, ainda esta semana, o bitcoin pode ultrapassar essa marca, marcando um novo recorde na moeda americana.
Dados do CoinDesk apontam que o valor do bitcoin em outras moedas já alcançou novos recordes, como no Reino Unido, Japão e Índia, sendo a mais significativa alcançada hoje (4), em euros. Mercados emergentes, como Turquia, Egito e Argentina também já romperam a máxima histórica em suas respectivas moedas.
A euforia em torno de um novo recorde, o crescimento da demanda dos investidores institucionais e os ganhos históricos desencadeados pelo halving (processo que reduz à metade a emissão de novos tokens) do bitcoin retroalimentam a força compradora.
Ainda segundo o CoinDesk, mais de US$ 60 milhões em posições vendidas, que apostavam na queda dos preços, foram liquidadas nas últimas 24 horas, contribuindo para o aumento do valor.
Para Valter Rebelo, analista de criptoativos da Empiricus Research, é bem provável haver novas máximas nesta semana, já que o bitcoin está a menos de 10% do valor recorde. Ele destaca, nesse processo, que a dinâmica do mercado cripto está muito diferente da época em que o bitcoin marcou seu recorde, no início de novembro de 2021.
“O nível de especulação e euforia era completamente outro, era muito mais exacerbado do que a gente está vendo hoje”, observa. “Agora, há a procura pelos ETFs lançados no mercado americano, destravando uma demanda que estava represada há dez anos, notadamente dos investidores institucionais.”
Rebelo aponta ainda que, “quando o bitcoin cruza uma máxima histórica, ele continua sem parar até chegar no próximo pico”. “É uma dinâmica de pressão bem rápida, que pode acontecer em poucos meses”. Ou seja, uma vez rompida a máxima histórica de US$ 69 mil, um novo patamar deve acontecer em pouco tempo.
Para ele, do ponto de vista negativo, que possa impedir esse movimento de alta, não há fatores no radar. “Não vejo tanta possibilidade para uma correção com base em tecnicalidades do mercado de cripto em si. Pode haver algum tipo de correção dado fatores externos”, citando alguma pressão geopolítica ou um revés na política monetária dos Estados Unidos.
Por volta de 12h30 (horário de Brasília), o bitcoin era negociado a US$ 66.172, alta de 6,4%, nas últimas 24 horas. A máxima no período foi de US$ 66.450 e a mínima de US$ 32.135, segundo dados da plataforma do CoinDesk. O BTC encerrou o mês de fevereiro com ganho de cerca de 45%.
Os fundos negociados em bolsa (ETFs) de bitcoin à vista estabeleceram um recorde de volume de negociação nas bolsas dos EUA e, de acordo com os números da Bloomberg Intelligence, mais de meio bilhão de ETFs de bitcoin foram negociados nos últimos dias, representando compras diretas nas bolsas de bitcoin.
O preço do ativo começou a mostrar sinais de alta no início de dezembro de 2023, quando a moeda digital ultrapassou US$ 40 mil, para a alegria dos promotores desse criptoativo, incluindo o presidente Nayib Bukele, que anunciou em novembro de 2022 que seu governo compraria um bitcoin por dia.
O “token virtual” permaneceu acima de US$ 50 mil desde 14 de fevereiro e permaneceu acima de US$ 50 mil, chegando a US$ 60 mil em 28 de fevereiro.
O site especializado Coindesk explicou na segunda-feira que os números positivos estão ligados às “apostas de alta” do mercado.
A plataforma explicou que a capitalização de mercado alcançou “um recorde” de US$ 2,8 trilhões, superando o nível de US$ 2,7 trilhões em novembro de 2021, algo que foi destacado em uma análise do jornal El Mundo.
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